Ultimamente, tornaram-se comuns expressões como Indústria 4.0, gestão 4.0, marketing 4.0, mas, afinal, o que é a Revolução 4.0?
Nesta primeira postagem do Blog, nosso objetivo é tentar explicar o que é a tal da Revolução 4.0. Para isso, resolvemos fazer um breve resumo do que é considerada a Bíblia dessa nova revolução industrial: o livro "A Quarta Revolução Industrial de Klaus Schawb".
Klaus Martin Schwab é um engenheiro e economista alemão responsável pela fundação, em 1971, do European Symposium of Management sediado em Davos na Suíça. Conhece esse evento? Não?!
Eu também não conhecia, mas depois descobri que, em 1987, o simpósio passou a se chamar Fórum Mundial de Economia (WEF, na sigla em Inglês), um dos maiores espaços mundiais de debates e discursos que conta com a presença de líderes e autoridades de toda a parte do globo. Foi durante um dos fóruns que Schawb lançou o conceito Fourth Industrial Revolution.
Contexto Histórico
Espera um pouco! Já estamos na Quarta? Quando terminou a primeira?!?!
O mundo contemporâneo tornou-se tão dinâmico que, as vezes, fica difícil de perceber certas transições em nossa sociedade, por isso, Klaus Schawb faz uma espécie de revisão do contexto histórico que precede essa nova era.
A Primeira Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra e com ela surgiram as primeiras fábricas movimentadas a vapor. Depois, na Segunda Revolução Industrial, a energia elétrica permitiu o desenvolvimento das linhas de produções, das ferrovias e das linhas telefônicas. Depois disso tudo, começou a era da informação, a Terceira Revolução Industrial trouxe a computatorização e automação de processos que mudou de vez o conceito de comunicação.
A Quarta Revolução Industrial
Para Klaus Shawb, a quarta etapa desse processo se dá pela combinação dos produtos desenvolvidos nas revoluções anteriores. Se prestarmos atenção, percebemos que tecnologias como internet, sensores, computadores e outros foram evoluindo isoladamente e atingindo altos níveis de desempenho. Depois de unidos, eles deram inicio às chamadas fábricas inteligentes e os sistemas cyber-físicos.
Ele divide essas tecnologias em três grandes áreas:
PHYSICAL
Carros autônomos, robótica avançada, manufatura aditiva ( impressão 3D) e novos materiais;
DIGITAL
Internet das Coisas (IoT), Cloud Computing, Inteligência Artificial, Big Data.
BILOGICAL
Manipulação de DNA, órgãos e tecidos impressos, materiais biomecânicos, telemedicina.
No livro, o diretor da WEF revela que alguns críticos e intelectuais afirmam que ainda não chegamos na 4º Revolução pelo fato de que todo esse desenvolvimento é feito pela junção de coisas que já existiam. Porém, Klaus Shawb enumera três pontos importantes para rebater essas críticas: a velocidade, o alcance e o poder de impacto.
"Estamos no início de uma revolução que está mudando fundamentalmente o estilo de vida, de trabalho e de relacionamento, em uma escala, escopo e complexidade, que me faz considerar a quarta revolução industrial diferente de qualquer coisa que a humanidade tenha experimentado antes. "
Toda essa combinação de tecnologias trouxe uma conectividade jamais vista, oferecendo produtos e serviços on demand e real-time. Hoje,você pode assistir o filme que quiser na hora que quiser, pedir uma carona aonde estiver e na hora que quiser, fazer uma reunião na hora que quiser e aonde quiser. Ou seja, as mudanças não ocorrem apenas no ambiente industrial, elas estão ditando a maneira como as pessoas e as instituições se relacionam. Está mudando a percepção do Capital, já que empresas e instituições com propósitos e valores alinhados com a população aumentam sua capacidade de crescimento.
O caráter disruptivo desse novo modelo deve ser frisado para que nós, como sociedade, saibamos usufruir da melhor maneira os benefícios desta nova era. Para Klaus Schawb, se vamos conseguir ou não, só depende de nós.
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