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    O que é Inteligência Artificial (IA) ?

    Foto do escritor: Breno de OliveiraBreno de Oliveira

    Afinal, o que é a tal da IA? Os carros que andam sozinhos da Tesla, a BIA do Bradesco ou os robôs malvados que dominarão o mundo?



    Na primeira postagem deste blog, usei o livro de Klaus Schawb para tentar explicar o que é a 4ª Revolução Industrial. Lá, citei algumas tecnologias que protagonizam esta nova era, uma delas é a Inteligência Artificial.

    Assim como este novo momento, a IA ainda é algo confuso na cabeça das pessoas. Por isso, tentarei explicar ( ou confundir mais rs) sobre o assunto.

    Seguirei o mesmo modus operandi do texto anterior e usarei como referência a bíblia da IA (não, não sou a testemunha de Jeová 4.0), o livro "Inteligência artificial: uma abordagem moderna" escrito por Peter Norvig e Stuart Russell. Este clássico já foi adotado por mais de 600 universidades de 60 países ao redor do mundo.


    O que é IA?


    Ainda não existe uma resposta unificada para essa pergunta. No livro, os autores construíram um quadro de definições organizadas em 4 categorias:


    Tabela de definições recriada a partir do livro: Inteligência Artificial, uma abordagem moderna.

    Porém, podemos perceber que todas as definições estão relacionadas a um agente inteligente, ou seja, um organismo capaz de processar informações, tomar decisões e agir por conta própria em busca dos melhores resultados possíveis.

    Parece algo simples mas não é, a construção desses organismos é bastante complexa e envolve uma característica fundamental nesta nova era 4.0, a tal da Interdisciplinaridade. Todo o desenvolvimento da IA só foi possível graças a junção de elementos de diferentes disciplinas que serviram de fundamentação. A seguir, citarei algumas dessas áreas que trouxeram pontos de vistas importantes, mas vale ressaltar que elas não foram as únicas e não estão listadas por ordem de importância.


    FILOSOFIA

    - Os questionamentos da filosofia são essenciais para qualquer área do conhecimento e para a IA não é diferente. As discussões de alguns filósofos, como Aristóteles, Thomas Hobbes e Descartes, de como a parte racional da mente funciona e conduz as ações humanas são bastante importantes.


    MATEMÁTICA

    - É bem verdade que o berço da lógica é a Filosofia, porém foi a Matemática que construiu leis e modelos avançados para a obtenção de conclusões válidas, além de suas contribuições para a computação e estatística, áreas primordiais para a inteligência artificial.


    ECONOMIA

    - É uma disciplina importante, pois para tomar decisões, o agente inteligente trabalha com recompensas e pontuações para analisar quais as melhores escolhas. Então, contribuições como a teoria da decisão e a teoria dos jogos são muito relevantes para a IA.


    NEUROCIÊNCIA E PSICOLOGIA

    - São duas áreas fundamentais para a compreensão de como o cérebro processa informações e de como os seres humanos pensam e agem. Por isso, os estudos do sistema nervoso e da ciência cognitiva trouxeram pontos de vista importantes.


    ENGENHARIA DE COMPUTADORES

    - O "cérebro" da inteligência artificial é o computador e o desenvolvimento desses artefatos e das linguagens de programação possibilitaram a evolução da IA.


    Essas e outras disciplinas serviram de fundamentos para o começo da inteligência artificial, mas como se deu o surgimento e desenvolvimento dessa tecnologia?


    História da IA


    No verão de 1956 na universidade de Dartmouth, Joh MacCarthy reuniu dez pesquisadores dos Estados Unidos interessados em teoria de autômatos, redes neurais e estudo da inteligência para um seminário de dois meses. Foi lá, que surgiu oficialmente o conceito de inteligência artificial e que a tornou um campo de estudo separado das outras disciplinas.

    No começo, a IA causou muito encanto entre os estudiosos, a ideia de criar máquinas capazes de agir sozinhas e superarem os humanos gerou um ambiente de expectativas. Teorias e modelos diferentes foram criados em grandes quantidades. As maiores nações da época investiram verbas grandiosas em pesquisadores e projetos que prometiam resultados extraordinários, principalmente, durante as guerras. Porém, essas metas extravagantes de organismos completos, ou seja, capazes de atuar em qualquer área, não foram alcançadas e o chamado "Inverno da IA" chegou. Foi um tempo de reflexão, verbas foram suspensas e o futuro dos estudos foi repensado.

    A partir daí, a inteligência artificial precisou deixar de ser fantasia e virar ciência. A adoção do método científico organizou os estudos e interrompeu a criação frenética de novas teorias, passando a aperfeiçoá-las. Isto permitiu o desenvolvimento de subcampos como a mineração de dados, a aprendizagem de máquinas e aprendizagem profunda.

    No entanto, o acontecimento que permitiu a saída da estagnação e a chegada da "Primavera da IA" foi a descoberta do poder da base de dados, a chamada Big Data, mais um motivo para confirmar que estamos na 4ª Revolução Industrial. O desenvolvimento, em paralelo, de sensores e tecnologias como a Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês) e a Nuvem (Clound Computing, nome em inglês) permitiu a aquisição e armazenagem de uma quantidade massiva de dados. E os pesquisadores da área entenderam que não são os códigos e algorítimos avançados que aumentavam a eficiência da IA, mas sim a base de conhecimento disponível para que o programa possa "aprender" e apresentar as melhores soluções.

    Esta sinergia entre as tecnologias da era 4.0 permitiu o surgimento de aplicações que já impactam no nosso dia-a-dia. Os famosos algoritmos de sugestão automática capazes de usar nossos dados para identificar padrões e sugerir anúncios de produtos que tenhamos interesses ou filmes da Netflix que se encaixem no nosso gosto; Os carros da Tesla equipados com câmeras que conseguem identificar o ambiente e, ao comparar com a base de dados, conseguem dirigir por conta própria; As atendentes de bancos e operadoras que conseguem te guiar na solução de problemas e usam o alto volume de chamadas para identificar os diferentes tipos de linguagem e sotaques e, assim, aperfeiçoar o atendimento.

    Todas essas aplicações são exemplos de IA restritas, ou seja, programas que atuam em uma determinada área. Esse tipo de abordagem se desenvolveu bastante, porém, para muitos estudiosos, chegou o momento de retornar às origens e voltar a estudar a inteligência artificial que atue em qualquer área, a IA completa. O problema é que uma parte dos cientistas acham que se isso acontecer, será o fim da espécie humana, para o outros é a nossa chance de prosperar. E para você? Qual o caminho a ser seguido?




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